segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Indie Rock- Nonsense?


“INDIE ROCK” , O termo é  frequentemente  utilizado para 

descrever os meios de produção e distribuição de música 

undeground , independente e dissociada de grandes 

gravadoras  assim como o estilo musical ( Nonsense??)a 

utilizar  originalmente este meio de produção.

Artistas de indie rock são conhecidos por fazerem questão 

de manter controle completo de sua música e carreira, 

lançando álbuns por gravadoras independentes  (empresas 

por vezes fundadas e gerenciadas pelos próprios artistas) e 

baseando toda a divulgação de seu trabalho em turnês, 

rádios independentes e, mais atualmente, na internet.

Será que o grande mestre L.Van Beethoven (1770-1827) se 

vivesse no nosso tempo estaria fazendo música dentro 

desse "espírito"? Não sei...

Foi fator determinante em sua obra a busca pela  

introspecção e a necessidade de "interpretar" a "natureza 

humana" e não somente as  necessidades humanas;

também percebo  essa busca nas canções desse 

compositor que mostro aqui.No entanto  também fico curiosa 

prá conhecer mais sobre a necessidade que se

 tem hoje de  permear imagens em quase tudo que é  

feito dentro do espectro musical.

Será que Beethoven  também estaria usando a imagem 

como coadjuvante da produção musical?


Compartilho "Lull" , de  Andrew Bird(1973- ) compositor 

americano nascido em Chicago.


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Alberto Ginastera- "Diabólico"


Quando Keith Emerson ( 1944 -) compositor inglês,fundador do grupo Emerson/Lake and Palmer, conheceu Alberto Ginastera 
( 1916-1983)  disse :"Diabólico".
Sem dúvida!
 Esse argentino ilustre  que  é um dos  mais influentes compositores de  nosso continente americano, não é muito conhecido/executado por aqui.
Infelizmente  nós brasileiros conhecemos   muito pouco de uma obra onde seu criador construiu sua música desenvolvendo técnicas composicionais muito interessantes e  expressivas.
Agora,em que estou trabalhando na transcrição da " Suite de Danzas Crioullas" para o quarteto,  me sinto um pouco mais próximo de sua  música ...só um pouco...
Compartilho aqui  a "Coda" dessa suite, em que Keith Emerson gravou junto ao seu  grupo com o nome de " "Creoula Dance".



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Fanny Mendelssohn - "Talento e Sensibilidade"

Trago aqui a primeira compositora de que temos noticia na história da música ocidental, Fanny Mendelssohn  ( 1805-1847), irmã mais velha de Felix Mendelssohn ( 1809-1847). 
Muitas histórias oficiais e extra-oficiais se contam dessa mulher corajosa  e incrivelmente talentosa; inclusive que muitas das canções compostas por ela  que não podiam aparecer com seu nome foram creditadas ao seu irmão igualmente talentoso.
 Amiga de Clara Schumann (1819-1896) outra mulher  ícone de seu tempo, dava suporte para o irmão, inclusive o concerto para piano e orquestra "dele" teve uma grande participação "dela".
Felix morreu seis meses após a morte da irmã.
Compartilho aqui um dueto  para vozes femininas e piano de 
Fanny Mendelssohn," Aus meinem Tränem ( Das Minhas Lágrimas) cuja tradução "aproximada" é:

"Das minhas lágrimas irrompem flores em botão ,
e meu suspiro se junta ao coro de rouxinóis,
E se você me ama, querida criança,
eu lhe mandarei  tantas flores antes que da tua janela ressoe a canção do rouxinol."




quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Schöenberg- "Bêbado de Lua"


Arnold Schoenberg  (1874 -1951) –  Pierrot Lunaire, op.21 – 1912
Num acontecimento singular, a década de 1910 viu nascer aqueles que seriam  as matrizes da composição musical da primeira metade do século XX, ou mesmo matrizes de todo um século, Debussy, Stravinsky e Schöenberg.
 Fazer música nunca mais seria a mesma coisa. Um novo elemento ganhava importância e  marcaria a própria idéia de música em todo o século XX: O som. 
Debussy compunha com sonoridades, com sons, e não mais com notas musicais, Stravinsky usava a orquestra como uma máquina sonora e não mais como um amplificador do piano, e Schoenberg  tingia a voz humana do som instrumental levando-a para fora dos limites da canção romântica. 
Instigado por uma série de poemas do surrealista Albert  Giraud traduzidos para o alemão por Otto Erich Hartleben, Schoenberg iniciou a composição do seu Pierrot Lunaire;  escrevia as pequenas peças que compunham o ciclo de melodramas sem nenhuma revisão, nos intervalos que lhe restavam entre uma atividade e outra. Algumas peças foram escritas em uma só noite. No total, vinte e um melodramas, a maior parte deles escritos entre março e maio de 1912.
A imagem de um Pierrot  bêbado de lua, de uma lua ao mesmo tempo clara, doente, cristalina e lembrando cruzes santas e sabres orientais, trouxe a Schoenberg toda uma cadeia de imagens sonoras que lhe permitiram tecer coloridos instrumentais inusitados para um conjunto que se limitava em uma recitante e cinco instrumentistas.
Cada uma das 21 peças é composta para uma formação instrumental diferente. 
 Não é possível falar de Pierrot sem falar do uso da voz.
A composição fora encomendada por uma atriz, e os poemas deveriam ser recitados sobre um fundo musical. E se para Stravinsky a voz muitas vezes encobria a grande riqueza da escrita instrumental, nela reside um dos grandes problemas composicionais aos quais Schoenberg se lançava.
A cantora tem à sua disposição uma partitura que deve ser entoada mas não cantada.  Na tentativa de resolver o problema o próprio Schoenberg em 1949 ainda insistia que “nenhum dos poemas deve ser cantado, devem sim ser falados sem alturas fixas”. Isto o levaria a voltar diversas vezes à revisão de Pierrot, numa delas transformando a partitura do canto em uma linha simples recitada, sempre lembrando que se havia alturas notadas na partitura original estas eram apenas para que o recitante evitasse uma leitura reta, inexpressiva.
Pierrô Lunar três vezes sete poema de Albert Giraud
recriação de Augusto de Campos da versão alemã de Otto Erich Hartleben.

Escutem Glenn Gould ( 1932-1982)e Patricia Rideout ( 1931-2006) interpretando os poemas 1, 2 e 5



sábado, 9 de fevereiro de 2013

Chico Buarque-Where's Rita?? / Chico Buarque- Cadê a Rita???








                                               Hey Chico ... Where's Rita?
Have you not told her ... "Do not cry yet, I have a guitar and we will sing ..." and did she not reply that...
"I'm saving myself for when the Carnaval arrives?"
The Carnaval has come and ...
" Through the avenue samba will be playing" ...
Hopefully!
And Rita? I dunno ... maybe playing any instrument with the strings that she pulled from my guitar...
I dunno ...
I just know that "Rita" is very beautiful in the arrangement that Marcos Leite made ​​for the "Garganta" ...





Ei Chico...Cadê a Rita??
Você já não disse à ela ..."não  chore ainda não que eu tenho um violão, e nós vamos cantar..."  e ela já não lhe respondeu que ...
" tô me guardando prá quando o carnaval chegar?"
O Carnaval chegou...e 
"Vai passar pela  Avenida um samba popular"...
Tomara! 
E a Rita? Sei lá...talvez esteja tocando um instrumento qualquer ,  com as cordas que arrancou do meu violão ...
Sei lá...
Só sei que "A Rita" tá muito linda no arranjo que o  Marcos Leite fez   pro "Garganta"...





quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Gershwin, "An Unfinished Symphony" / Gershwin- "Uma Sinfonia Inacabada"




In every dive into the history of the life and work of the great masters of music that imperatively struggled this turbulent and mysterious "sea" that is life I realized how much work, resilience (and in many cases, like that of Mozart, Schubert, and also George Gershwin (1898-1937), their health entered this "mix") is needed so that the history of mankind can become a little better.
Gershwin, despite the success, was harshly criticized by "inventing" a totally revolutionary musical style blending classical forms with jazz.
"I consider jazz the music of the people, a very powerful and artistic expression that can form the basis of serious symphonic works of real and lasting value," he said.
Despite being a brilliant improviser, he was quite demanding and this profile turned into inferiority complex when it came to concert music. He didn’t think he was good enough...
The literary critic Otto Maria Carpeaux (1900-1978) defined it as this
"We must not be too harsh. Gershwin's life and work were an unfinished symphony."
Listen Concerto in F for piano and orchestra, in the impeccable interpretation of Canadian pianist Marc Andre Hamelin (1961 -) under the baton of the American Leonard Slatikin.



A cada mergulho na história de  vida e obra de grandes mestres da música que impreterivelmente se debateram nesse "mar" turbulento e misterioso que é a Vida  percebo quanto de doação, entrega, 
trabalho ,resiliência e em muitos casos, como o de Mozart, Schubert,  e também George Gershwin (1898-1937) ,a própria saúde entraram nesse "mix"   para que  a história da humanidade ficasse um pouco melhor. 
Gershwin, apesar do sucesso ,sofreu severas críticas por "inventar" um estilo musical totalmente revolucionário misturando as formas clássicas ao jazz.
" Considero o jazz a música do povo, uma manifestação artística muito poderosa  e que pode constituir  a base de sérios trabalhos sinfônicos de valor real e duradouro", disse ele.
Apesar de ser um improvisador genial era bastante exigente e esse perfil acabou se transformando em complexo de inferioridade ,quando o assunto era música de concerto. Ele não se achava bom o suficiente...
O critico literário Otto Maria  Carpeaux  ( 1900-1978) o definiu assim,
" Não convém ser rigoroso demais. Vida e obra de Gershwin foram uma sinfonia inacabada."
Escutem o Concerto em Fa, para piano e orquestra, na interpretação do impecável pianista canadense  Marc Andre Hamelin ( 1961- ) sob a regência do americano Leonard Slatikin
 ( 1944- )



segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Per sona- "Através do Som"

Os sons contam tudo!
 Per  sona..."Através do  Som"
Tudo o que dizemos , muitas vezes é"Blá Blá Blá...
Assim, não escutem as palavras, escutem apenas o que a voz lhes conta, o que os movimentos contam,o que a postura conta...
Se você tem ouvidos ,então tem muito mais chance de saber o que o mundo externo tem prá contar.
Se você tiver olhos e ouvidos, o mundo estará aberto.
Que tal, ler o que estou escrevendo em voz alta, enquanto escuta a música que Zoltan Kodály ( 1882-1967) fez para as montanhas, em particular,Tatra e Mátra,do alpes suíços? ... porque para ele as montanhas tinham suas próprias canções.Nessa obra para coro feminino com acompanhamento de piano ele expressa seu profundo amor pelas montanhas.