Ei, sábio Sócrates...isso é incontestável!
Sempre me esforcei para compreender todas as obras que dispus interpretar, como também a passar o máximo de informações sobre elas que coubessem no meu entendimento e no tempo que dispunha nos concertos , para aproximar o público .
Não é bem assim...não é sempre assim...não é só isso!
Hoje no início da tarde comecei a lavar o quintal de casa, ouvindo o "Uirapuru", de Villa-Lobos,e percebi ,conscientemente , que a escuta ativa, da qual tanto falam , inclusive eu, começa na sensação de corpo inteiro e não nas informações contextuais ... é uma sensação que percorre o corpo e faz o intelecto transbordar...
e fica você e o contexto sonoro...e então, daí as informações começam a se movimentar junto com a música criando ritmos , imagens .
Eu olhava prá água que saia da mangueira e fazia movimentos com ela...e " Não sou eu quem me navega, quem me navega é o Mar..."
Salve, Paulinho da Viola!
Compartilho, "Timoneiro", desse singular compositor brasileiro, nascido em 1942!
O intelecto, a razão, ainda que em esforços estoicos, não são suficientes para garantir a apreensão de toda a complexidade sensorial de uma peça. Assim, o transbordamento, quando ocorre, é marcante e faz o cotidiano ser menos ordinário.
ResponderExcluirEscuta ativa, com o intelecto atento e os sentidos abertos!
É isso! Essa inter relação não é controlável...nem que queiramos...contudo quanto mais alimentarmos nossa sensibilidade, que é justamente essa junção de intelecto e sentidos mais nos aproximamos do contexto sonoro de uma obra.Abraço!
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